“Tira a roupa e vamos fazer oração”: pedido de médico deixa mãe de criança revoltada em SC

Tinha tudo para ser apenas um atendimento médico, mas se for verdade, é muita safadeza. O caso aconteceu no último domingo (23), deixando a mãe de uma criança de apenas nove anos apavorada. Segundo informações do portal de notícias Olho Vivo Can, de Canelinha, um médico afirmou que, devido a uma dor abdominal a criança, para receber o atendimento, tinha que tirar toda a roupa.

Além disso, dentro do consultório, o médico mostrou conversas em seu celular, dizendo que havia mulheres querendo sair com ele, e perguntou à mãe da criança o que ela achava. Ainda na consulta, o médico disse que já sabia o que estava provocando as dores na criança, e iniciou uma reza, colocando a mão na cabeça e pedindo que ela repetisse algumas palavras.

Ao sair do consultório, a mãe questionou os profissionais que estavam na recepção se essa era uma conduta médica correta. O profissional, percebendo isso, chamou a mulher de louca. Esse atendimento resultou na demissão do médico da cidade. A Polícia Militar foi acionada pela mãe, e um boletim de ocorrência foi registrado a seu pedido.

O Art. 242 do Estatuto da Criança e do Adolescente deixa bem claro: Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou constrangimento: Pena – detenção de seis meses a dois anos”.

Confira na íntegra a nota do hospital:

A Fundação Hospitalar Municipal de Canelinha junto com a empresa MP Qualimed, sempre no dever e respeito que tem por toda a nossa comunidade, vêm por meio desta prestar esclarecimentos para a população canelinhense.

Em virtude das condutas médicas ocorridas no dia 23 de abril de 2023, bem como a proporção midiática tomada, a diretora Vanderléia Rosa, bem como o proprietário da empresa, Julio Cesar de Oliveira, informam que estão averiguando toda a situação ocorrida a fim de apurar os fatos, de modo que já procederam com a dispensa do médico responsável.

Diante disso, a Fundação Hospitalar Municipal de Canelinha e a empresa MP Qualimed promoverão a investigação de toda e qualquer denúncia que se apresente pela comunidade e pacientes, visto que são contrárias a qualquer conduta que fuja da ética que a profissão exija.

Ademais, providências serão tomadas nos próximos dias, a fim de retomar o padrão de qualidade no atendimento e prestação de serviços desemprenhados na Fundação, uma vez que trata-se de serviço essencial.

Por fim, a Fundação e a empresa se solidarizam com a paciente e os familiares, de maneira a estarmos dispostas para auxiliar e prestar maiores esclarecimentos acerca da situação ocorrida.

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