Protagonismo dos pés a cabeça
Neste espaço vamos nos conectar, compartilhar muitas histórias e trazer muita inspiração.
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Olá e bem-vinda!
Meu nome é Vanessa Rouvier e hoje vou contar um pouco da minha história pra vocês. Eu sou carioca e moro em Florianópolis há 7 anos. Hoje posso dizer que sou uma “Catarioca” pois meu coração tem três grandes motivos para amar esse estado: meu marido Rodrigo e meus filhos Ana Helena e João Antônio, que nasceram na Ilha da Magia.
Desde que moro em Florianópolis vivi grandes mudanças na minha vida que me trouxeram algumas oportunidades, e uma delas é a incrível possibilidade de me envolver com o protagonismo feminino. Eu sou empreendedora desde os meus 16 anos e sempre fui muito envolvida no tema empreendedorismo jovem. Depois que mudei pra Floripa, foquei em fortalecer a rede de empreendedorismo feminino.
Mas quando comecei a me dedicar a essa temática, entendi que quando a missão é o protagonismo feminino, temos muito além do empreendedorismo para falar. Entendi a importância de cuidar e ajudar outras mulheres por meio do exemplo e da trajetória.
Hoje início aqui mais um canal em que poderei cuidar de muitas mulheres. Neste espaço vamos nos conectar, compartilhar muitas histórias e trazer muita inspiração. De 15 em 15 dias trarei pra vocês assuntos que envolvem o universo feminino dos pés a cabeça, sem tabus e sem mimimi.
Além disso, vamos nos encontrar em podcasts semanais para bater um papo descontraído sobre as atualidades que toda mulher quer saber. Também estou preparando momentos muito especiais, com entrevistas com mulheres inspiradoras, cada uma com sua história, com sua trajetória, desafios e superações.
E esse espaço vai ser construído por todas nós, juntas! Quero escrever pra vocês. Também quero ouvir o que vocês pensam, sentem e o que gostariam de ver por aqui. Aquele tema que vai lhe ajudar a se conectar com o seu poder interior. E se você quiser participar do programa online, fica ligadinha aqui, porque teremos oportunidades de trazer nossas leitoras e ouvintes. Aos poucos vamos contando tudinho. Esse espaço é de todas nós!
Agora eu quero seguir para o encerramento trazendo alguns dados sobre a realidade feminina. Deixar para vocês refletirem e perceberem o quanto evoluímos, mas também o quanto ainda podemos transformar essa realidade.
- A educação feminina foi, por muito tempo, limitada a aulas particulares em casa ou em conventos, além do que, foi a partir da obtenção do direito de frequentar escolas e de terem o ao conhecimento que as mulheres puderam conquistar ainda mais direitos. A história do direito feminista é dividida em três períodos no decorrer do tempo, desde direito ao voto, educação, divórcio e trabalho, nos séculos 18 e 19 e direitos sobre a liberação sexual e uso de contraceptivos na década de 1960 e a luta por igualdade no mercado de trabalho nos anos de 1970. Todavia, a luta perdura até os dias de hoje, mesmo porque as mulheres ainda hoje recebem 70% do salário que um homem receberia para fazer as mesmas tarefas no mesmo trabalho.
- A primeira mulher no mundo a ter concluído a universidade foi a espanhola Juliana Morella, no ano de 1608. Ela ainda concluiu o doutorado em Direito. No Brasil, quem deu o direito às mulheres de frequentar a universidade foi D. Pedro II, por meio do decreto Imperial N 7247, em 19/04/1879. Esse decreto proibia a discriminação contra as mulheres no ensino superior. Com isso, facilitou a entrada de algumas mulheres, corajosas, que desafiaram a estrutura vigente na época, de que a mulher não precisava entrar na universidade. A primeira mulher brasileira a concluir um curso universitário foi Rita Lobato Velho Lopes. Ela cursou medicina na faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, concluindo o curso na Bahia, com especialidade em ginecologia e pediatria. Ela exerceu sua profissão no Rio Grande do Sul, onde nasceu, durante vários anos, com seu consultório sempre cheio de pacientes. Hoje em dia, 59.9% dos alunos nas Universidades são mulheres.
- A Constituição Federal do Brasil em seu artigo 124 dizia que “a família é constituída pelo casamento indissolúvel”. Em 1975 , foi permitida a dissolução do casamento, apenas pela separação dos corpos – as pessoas ficavam para sempre com o vínculo jurídico e não podiam casar novamente. Surgiu o desquite, uma saída legal para quem quisesse se separar. Mais tarde, foi liberado apenas casar-se mais uma vez, depois de separados. Isso, até o ano de 1988 quando, finalmente, no artigo 226 da Constituição Federal, o divórcio foi regulamentado no Brasil e as pessoas separadas podiam casar quantas vezes quisessem. Em 2010, todas essas exigências foram abolidas e o Divórcio Direto foi aprovado.
- Thereza de Marzo foi a primeira brasileira a ter um brevê, mas foi proibida de pilotar pelo seu instrutor e marido. Isso aconteceu em março de 1922. Outras duas mulheres na mesma época tiveram seu brevê e pilotavam aviões. Anésia Pinheiro Machado voou por mais de 30 anos, inclusive fez viagem entre Rio de Janeiro e Nova York. Ada Rogato que foi a primeira paraquedista, primeira a voar um planador e primeira pilota agrícola. Ainda, tornou-se a primeira mulher a cruzar a cordilheira dos Andes e a voar até o Alaska. Atualmente, quem pilota o avião presidencial no Brasil é a piloto de caça da FAB, a capitão aviadora Carla Borges.
- As mulheres estão ocupando cargos em muitas frentes: pela primeira vez uma chapa com duas mulheres concorrem para a Prefeitura no RS; pela primeira vez uma chapa com duas mulheres concorrem para a Prefeitura no RS; pela primeira vez o Papa convoca seis mulheres para cargos na Santa Sé; pela primeira vez a Nasa vai levar uma mulher à lua em 2024.
Muitas conquistas, mesmo assim ainda temos muito a conquistar!!
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