O PL no divã: quem escolherá os candidatos ao Senado, Bolsonaro ou Jorginho?

A declaração de Jair Bolsonaro ao jornalista Léo Dias, do SBT, de que caberá ao ex-presidente a indicação dos candidatos ao Senado, fez subir a temperatura dentro do PL de Santa Catarina. Bolsonaro indicou as deputadas federais Júlia Zanatta e Carol de Toni à missão e ainda acrescentou que existem outros nomes no Estado em condições para concorrer ao cargo.

Para as duas parlamentares, é um presente legítimo, para o governador Jorginho Mello, uma dor de cabeça antecipada. Jorginho conta com as duas vagas ao Senado para compor com outras siglas, já que, em 2026, não terá como manter uma chapa puro sangue, sem aliados e confiante apenas no 22 e na influência de Bolsonaro.

O deputado Ivaan Naatz (PL), líder do governo na Assembleia, foi a única voz que defendeu a posição de Jorginho publicamente. Nas redes sociais, Naatz escreveu que “não se entrega vaga do Senado para eleger senador, se entrega vaga no Senado para eleger governador”.

A tentativa pode ter soado mal diante as deputadas, respaldadas por Bolsonaro. O questionamento sobre quem terá a palavra final para definir os candidatos ao Senado, Bolsonaro ou Jorginho, promete forte emoções ou a ida para o divã, em um caso de análise profunda do partido.

A chapa dos sonhos dos aliados do governador é ele na cabeça, o MDB a indicar o vice, uma vaga ao Senado para o PSD, leia-se João Rodrigues, e outra para Esperidião Amin (PP).

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