Por que governar é melhor do que brigar ideologicamente

Quando saiu da reunião com o ministro Renan Filho (Transportes), que é do MDB, o senador Jorge Seif Júnior (PL), um dos mais ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), declarou que ” eu sou senador de todos os catarinenses e ele, Renan Filho, é o ministro de todos os brasileiros”, ao avaliar o resultado do encontro onde estava o Fórum Parlamentar Catarinense e o governador Jorginho Mello (PL).

De fato, Seif não mudou a chave ou deixou de ter uma postura conservadora, mas entendeu o quadro atual, que fecha com outra a declaração dele, a de que “o momento é de trabalhar muito, esquecendo a questão partidária e ideológica e pensando no desenvolvimento socioeconômico do nosso estado”.

O próprio Jorginho Mello teria motivos para estar constrangido, se o ministro lembrasse das bravatas na I da Pandemia e dos insultos que o então senador catarinense e o pai dele, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que era relator da comissão, trocaram em sessão, quando um chamou o outro de “ladrão, picareta” e o outro retrucou com um “vagabundo”.

A visão tem que ser diferente do que a de novembro de 2021, época dos fatos, até porque Jorginho precisa governar, atender demandas sobre infraestrutura, e os deputados e senadores eleitos por Santa Catarina necessariamente irão muitas vezes bater às portas dos ministros de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Renan Filho deve vir ao Estado inaugurar obras

Na próxima fase do governo Lula, ministros serão escalados para gerar fatos positivos, um deles Renan Filho, dos Transportes, uma das pastas mais cobradas quando o assunto é infraestrutura.

Renan Filho deve vir a Santa Catarina inaugurar a pavimentação em concreto da BR-163, no Extremo-Oeste catarinense, uma das obras em que o governo catarinense, na gestão de Carlos Moisés (Republicanos), pôs recursos dos cofres do Estado.

Aos parlamentares e ao governador, na reunião do Fórum Catarinense, o ministro disse que dará prioridade à conclusão de obras federais, quando citou os lotes 1 e 2 da duplicação da BR-470, entre Gaspar e Indaial, e da BR-285, a Serra da Rocinha, entre Timbé do Sul, em Santa Catarina, e São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul.

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