Greve em Florianópolis: audiência entre prefeitura e servidores termina sem acordo
Foram apresentadas propostas por ambos lados, que não foram aceitas
• Atualizado

A nova audiência de conciliação realizada na manhã desta quarta-feira (19) pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) para tentar encerrar a greve dos servidores municipais de Florianópolis terminou sem um acordo entre as partes. Foram apresentadas propostas por ambos lados, que não foram aceitas. Como não houve consenso, o processo retornará ao desembargador relator Luiz Fernando Boller.
A reunião foi conduzida pela desembargadora Fernanda Sell de Souto Goulart, vice-coordenadora do Sistema dos Juizados Especiais e do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Cojemepec), juntamente com os magistrados André Alexandre Happke e Marcelo Pons Meirelles. Participaram do encontro representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) e da Prefeitura da Capital.
Audiência sem acordo sobre a greve em Florianópolis: o que diz a prefeitura
A prefeitura afirmou que propôs o prazo e mesa de negociações sobre a reforma da previdência até o dia 7 de abril e o chamamento imediato de 270 profissionais do magistério. No entanto, a entidade optou pela continuação da paralisação.
Um dos principais pontos apontados como motivadores da greve, é a proposta de reforma da previdência apresentada pela Prefeitura. Segundo a prefeitura, “o projeto está na Câmara de Vereadores e lá poderá ser debatido de forma ampla e democrática, nos próximos 30 dias, pelos representantes eleitos. A nova proposta segue o que já é regra para milhões de brasileiros, sendo orientada pelo sistema adotado pela União Federal e busca sanar um rombo no sistema previdenciário municipal que hoje já é de R$ 8 bilhões“.
Na educação, os grevistas são contrários à ampliação do tempo de hora atividade para os professores. A prefeitura afirmou que a medida visa: “adequações que visam ampliar o apoio aos estudantes com necessidade de atendimento especial e a reorganização das prioridades no currículo escolar, proporcionadas pela ampliação da oferta de turno integral nas unidades educativas, que abriu espaço para ênfase maior nas disciplinas em que hoje há déficits significativos de aprendizagem – português e matemática, de acordo com análises educacionais“.
Segundo a prefeitura de Florianópolis, há incoerência na justificativa da falta de chamamento dos profissionais aprovados em concurso. “Na educação, foram chamados 281 profissionais para o ano letivo de 2025, entre professores auxiliares e auxiliares de sala. Na saúde, já foram convocados 40 profissionais, entre técnicos de enfermagem, farmacêuticos, médicos de família, psicólogos, entre outros“.
O Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis) ainda não se posicionou sobre o assunto. O espaço segue aberto para manifestação.
>> Para mais notícias, siga o SCC10 no BlueSky, Instagram, Threads, Twitter e Facebook.
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO