Greve em Florianópolis: confira situação dos serviços
A prefeitura de Florianópolis compartilhou como ficou a situação dos serviços
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Nesta quarta-feira (12), os servidores da prefeitura de Florianópolis (PMF) entraram em greve por tempo indeterminado, em protesto contra a reforma da previdência apresentada pela prefeitura na Câmara Municipal.
A prefeitura de Florianópolis (PMF) compartilhou como ficou a situação dos serviços na Capital; confira:
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Greve em Florianópolis chega ao terceiro dia
A greve dos servidores em Florianópolis chegou ao terceiro dia, nesta sexta-feira (14). Uma nova reunião durante a tarde determinou a continuidade das paralisações.
Veja o que diz o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público de Florianópolis:
“Em assembleia, a categoria aprovou a continuidade da greve por tempo indeterminado e deu um grande não aos ataques do governo Topázio!
Os projetos de reforma da previdência fazem uma devassa nas nossas aposentadorias ao aplicar em Florianópolis uma versão ainda mais cruel da EC 103, a reforma de Bolsonaro.
Eles aumentam o tempo de contribuição e a idade mínima; rebaixam os valores recebidos; acabam com o direito por incapacidade permanente de várias doenças; confiscam 14% dos aposentados; extinguem o Ipref; e mais.
DESCUMPRIMENTO DE ACORDO E PORTARIA 28/2025
A reforma da previdência é parte do projeto de desmonte que Topázio defende para a cidade.
Desde janeiro, enfrentamos com força a portaria que destrói a política de educação especial de Florianópolis.
Nosso acordo coletivo foi descumprido pela PMF, e o chamamento de trabalhadores efetivos dos concursos (ao qual o governo assinou embaixo) não aconteceu.
Os pisos do magistério e dos ACS e ACE são pagos apenas como complemento e achatam a tabela.
O Sintrasem está em contato com sindicatos, centrais sindicais e movimentos populares para construir uma grande campanha de apoio.
Na segunda-feira (17/2), todos na praça Tancredo Neves para uma eata gigantesca – ainda maior que a de quarta.
É a hora de mostrarmos ao prefeito o tamanho e a força da nossa categoria.
Só a luta traz direitos. Até a vitória!”, diz nota do Sindicato.
Situação dos serviços – 20/02/2025
Educação
EBM
Unidades com atendimento integral – 2
Unidades com atendimento parcial – 32
Unidades sem atendimento – 5
Porcentagem de profissionais em greve – 54,6%
NEIM
Unidades com atendimento integral – 12
Unidades com atendimento parcial – 67
Unidades sem atendimento – 5
Porcentagem de profissionais em greve – 42,20%
Saúde
Antes de sair de casa, o paciente deve procurar o Alô Saúde Floripa para tirar dúvidas sobre o funcionamento do serviços e também solucionar o que for possível de forma remota, pelo 0800 333 3233.
Porcentagem de profissionais em greve – todos os serviços – 17,59%
Centros de Saúde com maior percentual de profissionais em greve:
- Novo Continente
- Cachoeira do Bom Jesus
- Barra da Lagoa
- Rio Tavares
UPAS – funcionamento normal, com equipes reforçadas.
Centro
Agronômica – 58,54%
Centro – 6,38% de adesão
Córrego Grande – 71,43% de adesão
Itacorubi – 65,71% de adesão
João Paulo – 6,25% de adesão
Monte Serrat – 39,29% de adesão
Pantanal – 8,70% de adesão
Prainha – 12,82 % de adesão
Saco dos Limões – 28,13% de adesão
Saco Grande – 27,27% de adesão
Trindade – 11,90% de adesão
Continente
Abraão – 17,86% de adesão
Balneário – 27,27% de adesão
Capoeiras – Sem adesão
Coloninha – Sem adesão
Coqueiros – 8% de adesão
Estreito – Sem adesão
Jardim Atlântico – Sem adesão
Monte Cristo – 8,16% de adesão
Novo Continente – 69,23% de adesão
Sapé – Sem adesão
Vila Aparecida – 38,46% de adesão
Norte
Barra da Lagoa – 31,82% de adesão
Cachoeira do Bom Jesus – 66,67% de adesão
Capivari – 2,63% de adesão
Canasvieiras – 17,95% de adesão
Ingleses – 73,91% de adesão
Jurerê – 37,50% de adesão
Ponta das Canas – 7,69% de adesão
Ratones – Sem adesão
Rio Vermelho – 7,50% de adesão
Santinho – 64,71%
Santo Antônio de Lisboa – Sem adesão
Vargem Grande – Sem adesão
Vargem Pequena – 10% de adesão
Sul
Alto Ribeirão – 26,09% de adesão
Armação – Sem adesão
Caeira da Barra do Sul – Sem adesão
Campeche – 13,89% de adesão
Canto da Lagoa – Sem adesão
Carianos – Sem adesão
Costa da Lagoa – 40% de adesão
Costeira do Pirajubaé – 8,57% de adesão
Fazenda Rio Tavares – 29,93% de adesão
Lagoa da Conceição – Sem adesão
Morro das Pedras – 4% de adesão adesão
Pântano do Sul – 33,33% de adesão
Ribeirão da Ilha – Sem adesão
Rio Tavares – 38,46% de adesão
Tapera – 12,12% de adesão
Caps
Continente – Sem adesão
Ilha – 11,73% de adesão
Infantil – 18,35% de adesão
Ponta do Coral – 47,37% de adesão
Caps 3 – 24h – Sem adesão
Farmácia especializada – Sem adesão
Upa Norte – Sem adesão
Upa Sul – Sem adesão
Samu – Sem adesão
Sobre a greve em Florianópolis
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (SINTRASEM) afirmou que a reforma aumenta o tempo de serviço e de contribuição, e extingue a aposentadoria especial e taxa de aposentados.
Os servidores também reivindicam o cumprimento de acordo firmado no ano ado, que previa a contratação de efetivos do concurso público no magistério e na saúde.
Em nota, a Prefeitura de Florianópolis disse que a greve foi deflagrada antes do início das discussões do projeto. Segundo o órgão, a reforma “busca garantir a aposentadoria dos servidores e tem o objetivo de recuperar a capacidade de manutenção do fundo previdenciário”.
“O sistema previdenciário está com um rombo de 8 bilhões, que se acumula desde 1999. Ninguém quis mexer antes e a bola de neve foi aumentando. Se continuar, a Prefeitura não vai conseguir pagar as aposentadorias em alguns anos. O que estamos propondo é uma adequação a algo que o Governo Federal já fez. A discussão agora é na Câmara de vereadores e o sindicato anuncia greve, penalizando também os serviços para a população”, enfatizou o Prefeito Topázio Neto.
As discordâncias
Outro ponto de discordância é o corte de verbas na educação e o não pagamento do piso salarial integral para o magistério, ACS e ACE. Os servidores alegam que o prefeito Topázio não tem investido no serviço público e descumpre acordos firmados.
A greve teve início hoje com uma manifestação em frente à sede da prefeitura. Os servidores exigem a valorização do serviço público e a revisão das medidas propostas pelo prefeito.
Prefeito de Florianópolis se pronuncia
Em vídeo compartilhado nas redes sociais, o prefeito de Florianópolis, Topazio Neto, comentou a greve dos servidores municipais.
“Nós estranhamos porque a greve veio antes, inclusive, de nós protocolamos o projeto na Câmara Municipal. Nós não estamos fazendo nada diferente do que o governo federal já fez. O governo do Estado já fez e o município agora está fazendo”, alega o prefeito.
“O grande objetivo da reforma é garantir, no futuro, o pagamento das aposentadorias para os nossos trabalhadores da prefeitura. Da forma que as coisas estão indo, daqui a alguns anos, a prefeitura não terá mais recursos para pagar as aposentadorias”, acrescentou Topazio.
O prefeito ainda garantiu que a greve é ilegal. “Vamos ao Judiciário pedir a ilegalidade da greve”, disse no vídeo.
“Eu espero que no decorrer do dia de hoje [13/02] os servidores voltem ao trabalho e não faltem ao trabalho, porque o que está sendo feito é para o benefício dos servidores e suas aposentadorias”, finalizou o prefeito da Capital.
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