Veja o que esperar do inverno em Santa Catarina
Previsão indica entrada de massas polares e risco de geadas no estado
• Atualizado

Com a chegada do inverno no Hemisfério Sul, que inicia oficialmente em junho, Santa Catarina deve enfrentar os meses mais frios do ano com chuvas abaixo da média, presença frequente de massas de ar polar e risco de geadas em diversas regiões. O trimestre de junho, julho e agosto costuma ser marcado por menos precipitações, com agosto sendo o mês mais seco no estado, segundo dados da Defesa Civil de SC.
Apesar da redução das chuvas em comparação ao verão, o período pode registrar eventos pontuais de chuva intensa, especialmente nos meses de junho e julho, com risco de enxurradas e deslizamentos, principalmente nas regiões que já enfrentam estiagem prolongada, como o Oeste.
Ciclones e massas de ar frio
O inverno em Santa Catarina também traz consigo frentes frias mais frequentes e a possível formação de ciclones extratropicais, fenômenos típicos da estação. A temperatura pode variar bastante: dias mais secos e ensolarados tendem a registrar temperaturas acima da média, enquanto a atuação de massas de ar polar deve provocar quedas bruscas de temperatura, inclusive com possibilidade de geada e até precipitação invernal (neve ou chuva congelada) em pontos mais altos do estado. No entanto, esses eventos de frio extremo não devem ser duradouros.
Sem El Niño ou La Niña
A previsão climática para o trimestre indica condição de neutralidade no Oceano Pacífico, ou seja, sem influência dos fenômenos El Niño ou La Niña. No entanto, o oceano apresenta temperaturas um pouco abaixo da média, o que pode impactar a distribuição de chuvas nos próximos meses.
HISTÓRICO DE OCORRÊNCIAS
Segundo o Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil de SC, que analisou 29 anos de dados (1995-2019), os meses de inverno registram menos ocorrências meteorológicas. No entanto, em junho e julho ainda há risco considerável de chuvas intensas, com cerca de 45 a 48 registros de enxurradas por mês. Em agosto, esse número cai drasticamente, com apenas 2 ocorrências em média.
Para os alagamentos, a tendência é de queda gradual: 18 casos em junho, 8 em julho e 6 em agosto. Já os deslizamentos de terra têm maior incidência em junho (16), mas também apresentam redução nos meses seguintes.

Recomendações da Defesa Civil
- Evite transitar em áreas alagadas e não tente atravessar pontes ou ruas cobertas pela água.
- Em caso de deslizamento, observe inclinação de postes, árvores ou rachaduras em muros e paredes.
- Durante temporais, fique em locais abrigados, longe de árvores e objetos que possam ser lançados pelo vento.
- Na praia, saia da água ao menor sinal de raios.
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