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Entrevista exclusiva

Secretário-geral da CNBB fala sobre a escolha de novo Papa: ‘Já estamos em oração’

Confira a entrevista exclusiva com Dom Ricardo Hoepers

• Atualizado

Beatriz Agnes

Por Beatriz Agnes

Secretário-geral da CNBB fala sobre a escolha de novo Papa | Papa Francisco e Dom Ricardo Hoepers, Secretário-geral da CNBB | Foto: Reprodução/Redes Sociais
Secretário-geral da CNBB fala sobre a escolha de novo Papa | Papa Francisco e Dom Ricardo Hoepers, Secretário-geral da CNBB | Foto: Reprodução/Redes Sociais

O SCC10 entrevistou Dom Ricardo Hoepers, Secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na tarde desta terça-feira (22), na qual lamentou a morte do Papa Francisco aos 88 anos. Além disso, Hoepers compartilhou a relação do pontífice com o Brasil; quais são os próximos os; como funciona o processo de escolha do novo Papa; e outros pontos importantes.

Entrevista exclusiva com o Secretário-geral da CNBB, Dom Ricardo Hoepers

Morte do Papa Francisco

O Papa Francisco morreu nesta segunda-feira (21), na residência onde morava no Vaticano, na Casa Santa Marta. Segundo a certidão, o papa sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e um colapso cardiocirculatório irreversível às 7h35 no horário local.

O anúncio foi feito pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Câmara Apostólica. “Queridos irmãos e irmãs, com profunda tristeza devo anunciar a morte de nosso Santo Padre Francisco. Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja”, disse o cardeal.

Ainda conforme o comunicado do Vaticano, Francisco pediu que os ritos fúnebres “fossem simples e focados na fé da Igreja no Corpo Ressuscitado de Cristo”.

Veja os três cardeais catarinenses que participarão da escolha do novo papa

Por: Roberto Azevedo

Dos 138 cardeais aptos a participarem da votação, sete são brasileiros, dos quais três catarinenses. É a primeira vez na história, que Santa Catarina terá tantos representantes entre os que farão a escolha do novo papa.

Dom João Braz de Aviz, nasceu em Mafra, no Planalto Norte de Santa Catarina. Foi nomeado cardeal em janeiro de 2012. Atualmente é o prefeito emérito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica no Vaticano;

Dom Leonardo Ulrich Steiner é natural de Forquilhinha, no Sul do Estado, terra que já deu outro grande nome à Igreja Católica, Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo de São Paulo, falecido em 14 de dezembro de 2016. Steiner foi nomeado em maio de 2022. Hoje, ele é o arcebispo de Manaus;

Dom Jaime Spengler, nasceu em Gaspar, no Vale do Itajaí. É o mais recente a ter sido nomeado cardeal pelo papa Francisco, em dezembro de 2024. Ele é arcebispo de Porto Alegre.

Completam a lista de cardeais brasileiros aptos a participarem de um eventual conclave Dom Odilo Pedro Scherer (arcebispo de São Paulo), Dom Orani Tempesta (arcebispo do Rio de Janeiro), Dom Paulo Cezar Costa (arcebispo de Brasília) e Dom Sérgio da Rocha (arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil).

O cardeal Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo Emérito de Aparecida, não tem mais idade para votar no conclave por ter ultraado o limite de idade que habilita os integrantes do Colégio Cardinalístico, 80 anos.

Como funciona um conclave?

Por: Redação

Com no máximo 120 cardeais, com menos de 80 anos, a votação é feita no Vaticano, na Capela Sistina. Os reverendíssimos ficam resguardados, sem interferências externas durante todo o período da escolha.

Por estar sem um sumo pontífice, o comando da Igreja Católica é transferido para o camerlengo, que atualmente é Kevin Joseph Farrell. Ele é responsável por cuidar da Santa Sé, istrar os bens da Igreja Católica e organizar o conclave.

Quais são as regras de um conclave?

Para ser eleito, um cardeal precisa ter ao menos dois terços dos votos (no mínimo 80 cardeais devem escolher aquele candidato).

Para votar – e ser votado no pleito – o cardeal deve ter sido nomeado pelo Papa e ter menos de 80 anos no dia da votação. Cada reverendíssimo recebe uma cédula em que devem escrever o nome de quem eles querem que seja o novo Papa. Votos em si mesmo são vedados.

Se um nome não tiver, no mínimo, 80 votos, o processo se repete no dia seguinte. Nos dias seguintes, são realizadas duas votações pela manhã e duas pela tarde – pelo período máximo de três dias cosecutivos. No quarto dia os cardeais podem reservar o período para oração e meditação quanto à escolha – o ciclo pode se repetir por sete vezes.

Em caso de não haver um nome que tenha recebido os 80 votos, os dois candidatos mais votados vão a uma disputa final, a fim de que um deles obtenha dois terços dos votos.

A não confirmação da eleição de um cardeal é levada ao público por meio da queima das cédulas e com o lançamento de uma fumaça preta pela chaminé. Em caso de confirmação, a chaminé lançará uma fumaça branca.

‘Habemus papam’, e agora?

Após o fim da votação, um cardeal diácono é designado para informar o resultado e trazer informações sobre o novo líder da Igreja Católica, também anunciando o nome pelo qual será conhecido.

É nesse momento que o novo papa toma posição usando as vestimentas reservadas ao pontífice e saúda os fiéis na varanda da Capela Sistina.

Funeral do Papa Francisco acontecerá no sábado, diz Vaticano

*Com informações do SBT News

O funeral do Papa Francisco acontecerá no sábado (26), na Basílica de São Pedro, a partir das 10h (5h no horário de Brasília). A data foi anunciada pelo Vaticano, na manhã desta terça-feira (22), após a primeira Congregação Geral dos cardeais.

Segundo comunicado, o caixão com o corpo do pontífice será levado à Basílica de São Pedro na quarta-feira (23), onde ficará disponível ao público. No sábado, uma cerimônia será liderada pelo decano do Colégio dos Cardeais, Giovanni Battista Re, em frente à igreja. Posteriormente, o caixão será transferido para o sepultamento.

Diferente de outros papas, Francisco pediu para ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, ao invés da tradicional Basílica de São Pedro. O funeral seguirá a “Ordem das Exéquias do Sumo Pontífice”, que ele próprio aprovou em novembro de 2024.

A primeira parte do funeral é a Missa de sufrágio. No ato, realizado na noite de segunda-feira, na Basílica de São João de Latrão, o cardeal Baldo Reina confirmou a morte de Francisco, com a leitura do atestado de óbito. Depois, o corpo do papa foi colocado em um caixão de madeira revestido de zinco e levado para a Basílica de São Pedro, onde será velado, como parte da segunda etapa.

A terceira estação se trata do enterro. Nesta etapa, será abandonada a tradição dos três caixões, de cipreste, chumbo e carvalho. O sepultamento seguirá o modelo dos funerais de bispos, utilizando títulos mais simples e sem a referência ao título “Romano Pontífice”. No testamento, Francisco pediu uma lápide simples, sem decoração especial e com única inscrição: Franciscus.

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