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Declaração polêmica

Secretário de Barueri é exonerado após dizer que estudantes com deficiência “não têm condição de aprender”

Declarações do ex-secretário durante reunião causaram indignação

• Atualizado

Redação

Por Redação

Secretário de Barueri é exonerado após dizer que estudantes com deficiência “não têm condição de aprender” | Imagem: redes sociais
Secretário de Barueri é exonerado após dizer que estudantes com deficiência “não têm condição de aprender” | Imagem: redes sociais

A Prefeitura de Barueri, na Grande São Paulo, exonerou nesta sexta-feira (16) o secretário de Educação da cidade, Celso Furlan, depois da divulgação de um áudio em que ele faz declarações consideradas preconceituosas e desrespeitosas contra pessoas com deficiência (PCD). A fala ocorreu durante uma reunião de trabalho e causou grande repercussão nas redes sociais.

No áudio, Furlan afirma que as escolas do município não estão conseguindo receber novos alunos com deficiência e critica a presença deles na rede pública. “Tome cuidado para não ficar dando vaga para deficiente porque vocês não toleram mais eles na escola. Eles não são da cidade. Nós tínhamos 700 e poucos deficientes. Hoje, nós estamos com mais de 3 mil”, disse o ex-secretário.

Durante a fala, ele ainda dá a entender que é contra a inclusão de estudantes com deficiência nas escolas, e sugere que parte deles apresenta comprovantes falsos para conseguir vaga. Também afirmou que uma criança autista “significa 20 alunos normais” e insinuou que mães colocam seus filhos com deficiência na escola apenas para se livrarem deles por algumas horas.

“Tem caso de deficiente caminhante, cadeirante que não mexe nenhum membro do corpo, nada, todinho torto, todinho deficiente, não tem condição de aprender nada. A mãe leva, sabe por quê? Para ficar livre quatro, cinco horas longe do filho”, afirmou.

A declaração foi feita durante uma reunião da Secretaria de Educação que discutia um estudo sobre a inclusão de alunos PCD nas escolas do município.

Diante da repercussão, a prefeitura anunciou a exoneração de Celso Furlan e lamentou o episódio. Em nota, afirmou que mantém uma “política séria, ética e inclusiva voltada aos cuidados da pessoa com deficiência”.

Furlan se pronunciou nas redes sociais, dizendo que sua fala foi “retirada de contexto” e que nunca teve a intenção de desrespeitar ninguém. “Acredito firmemente na valorização da diversidade humana e no respeito à dignidade de cada indivíduo, independentemente de suas características”, escreveu Celso Furlan.

“Reconheço a importância de uma comunicação clara e respeitosa em todos os momentos. Meu objetivo não foi desrespeitar ou causar qualquer tipo de constrangimento. Repito, se trata de um recorte fora de contexto”, acrescentou o ex-secretário.

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) estabelece que é dever do Estado garantir educação de qualidade e um sistema educacional inclusivo em todos os níveis para estudantes com deficiência.

*Com informações de Estadão

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