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DIA DAS MÃES

A força invisível de uma mãe atípica

Conheça a história de Jéssica Weingärtner, mãe do Miguel, um menino com autismo

• Atualizado

Redação

Por Redação

A força invisível de uma mãe atípica. – Foto: Reprodução
A força invisível de uma mãe atípica. – Foto: Reprodução

A maternidade por si só já exige dedicação. Mas quando o filho tem uma condição de saúde que requer cuidados especiais, essa entrega ganha outra dimensão — intensa, silenciosa e, muitas vezes, solitária. É o caso de Jéssica Weingärtner, mãe atípica do Miguel, um menino com autismo. A história dos dois, marcada por superação, é exemplo de afeto e resistência.

O diagnóstico de Miguel chegou no final de 2019, quando ele tinha apenas dois anos. “O Miguel começou a falar mamãe, papai e água. E de repente, por volta dos dois anos, o Miguel não falava mais nada”, contou Jéssica Weingärtner.

Ao contrário de muitas crianças dentro do espectro, ele não apresentava dificuldades com sono ou alimentação. Mas o silêncio repentino foi o primeiro sinal de alerta.

Dali em diante, a vida da família virou de cabeça para baixo. Faltavam recursos, mas sobrava determinação.

Jéssica não apenas mergulhou no universo do autismo como começou a estudar para conseguir aplicar terapias em casa. “Eu tentava da minha maneira, como mãe, estimular”, relembra ela, mostrando as atividades feitas com material reciclado.

Com a rotina cheia de terapias, consultas e cuidados, Jéssica teve que interromper a carreira, os estudos, os próprios sonhos.

“Eu tive que parar tudo o que eu tinha em mente, meus planos, meus projetos. Trabalho, estudos. Porque agora a prioridade era o meu filho.” Somente quatro anos depois ela conseguiu retomar a faculdade de Fisioterapia. Mas ainda se questiona: “Será que as empresas estão preparadas para lidar com isso, para acolher?”, comenta a mãe.

Miguel, hoje com sete anos, é um menino carinhoso, curioso e cheio de vida. “Eu até esqueço que o Miguel tem autismo. Eu vejo o carinho que ele tem com a gente, com a família. O olhar sincero, as palavras dele. Eu achei que o Miguel não queria me chamar de mãe. E hoje eu escuto: ‘mamãe, te amo’”, conta Jéssica.

Essa força, que vai além do visível, também é reconhecida por quem convive com eles. Kleyton Karlos, professor de Miguel, acompanha o menino desde o primeiro ano.

“Ser professor do Miguel é um constante aprendizado. E a Jéssica foi um marco importante nesse processo. Sempre esteve na escola, tentando entender as necessidades do filho”, conta Kleyton.

Hoje, Miguel ajuda com as tarefas de casa, se interessa pelo preparo do lanche da escola e participa da rotina com autonomia.

A mensagem de Jéssica para outras mães atípicas é clara: “Não é fácil, tem dias e dias. Mas vale muito a pena. Essa recompensa de ter a família unida, de ver o amor sincero dos nossos filhos, compensa tudo”.

Assista a matéria completa, que foi ao ar no SCC Meio-Dia

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