Como identificar possíveis adulterações no Ozempic
Grupo criminoso adulterava rótulos e embalagens
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Uma pessoa foi levada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com complicações graves causadas pelo uso de um Ozempic falsificado, em Santa Catarina. A Polícia Civil deflagrou ne segunda-feira (26) uma operação para localizar os responsáveis pela comercialização do produto. A ação foi realizada nas cidades de Canoinhas, Campos Novos e Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, e Catalão (GO).
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De acordo com as investigações, o grupo criminoso não só adulterava rótulos e embalagens de remédios como Ozempic e Mounjaro, como também vendia medicamentos vencidos, anabolizantes e até remédios abortivos, todos sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Os envolvidos podem responder por tentativa de homicídio com dolo eventual, cuja pena pode chegar a 15 anos de prisão, além de outros crimes hediondo.
Como os criminosos adulteravam os medicamentos
Segundo a Polícia Civil, os golpistas agiam da seguinte forma:
- Obtinham medicamentos vencidos, removiam os dados originais e os substituíam por datas falsas ainda “válidas”;
- Utilizavam uma gráfica para confeccionar caixas e bulas quase idênticas às originais;
- A venda era feita por meio de redes sociais, com preços atrativos, abaixo do valor praticado no mercado.
Durante a operação, veículos de luxo e imóveis foram apreendidos, supostamente adquiridos com o lucro da comercialização ilegal.
Como identificar possíveis adulterações no Ozempic
Com o aumento da procura por esses medicamentos, cresce também o risco de falsificações. Veja abaixo algumas dicas para evitar cair em golpes:
1. Verifique o número de lote e a data de validade
- Fontes originais: Consulte o site do fabricante (Novo Nordisk, no caso do Ozempic) para confirmar a correspondência entre o lote e a data de fabricação;
- Falha na impressão: Se a impressão da data parecer desalinhada, borrada ou diferente do padrão comum da embalagem, há risco de adulteração.
2. Observe o design da embalagem
- Falsificadores reproduzem caixas muito parecidas, mas detalhes como brilho, relevo e até o tipo de papelão podem ser diferentes;
- Compare com uma embalagem original adquirida de farmácia confiável.
3. Cheque o lacre e o conteúdo
- Medicamentos como Ozempic vêm com um sistema de aplicação (caneta injetável) que deve estar lacrado e em perfeitas condições;
- Verifique se o líquido está límpido, sem partículas ou coloração incomum.
4. Desconfie de preços muito baixos
- Preços muito abaixo da média podem ser indicativo de produto falso ou vencido.
5. Compre apenas em locais autorizados
- Evite adquirir medicamentos por redes sociais ou sites não autorizados.
Prefira farmácias regulamentadas e com registro na Anvisa. A agência já identificou ao menos três lotes de semaglutida, principio ativo do Ozempic, falsificados. São eles:
- Lote MP5A064, prazo de validade 10/2025, que apresenta em sua embalagem secundária a concentração de 1,34 mg/mL, em idioma espanhol, que as divergem do lote original;
- Lote LP6F832, data de validade 11/2025;
- Lote MP5C960, que apresente em sua embalagem secundária a concentração de 1 mg, em idioma espanhol.
O que fazer em caso de suspeita
Se você suspeitar de adulteração ou falsificação, não utilize o produto e entre em contato com a Anvisa (0800 642 9782) ou procure a Vigilância Sanitária da sua cidade. Guardar a embalagem e o recibo pode ser essencial para a investigação.
*Com informações do SBT News.
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