O que se sabe sobre doença misteriosa que matou 60 pessoas
Segundo a OMS, a maioria dos infectados morre após 48 horas
• Atualizado

Ao menos 60 pessoas já morreram na República Democrática do Congo (RDC) após serem infectadas por uma ‘doença misteriosa’, em cinco cidades no noroeste do país: Boloko, Danda, Bomate, Bolomba e Basankusu. Ao todo, mais de mil pessoas já foram infectadas.
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Segundo o Portal Metrópoles, algumas das cidades afetadas estão separadas a cerca de 300km uma da outra. “O isolamento das áreas afetadas dificulta o o aos cuidados de saúde, incluindo testes e tratamento”, declarou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Quais os sintomas da doença misteriosa?
A doença misteriosa possui sintomas que são parecidos com o Ebola, que incluem: febre, dor de cabeça, calafrios, suor excessivo, rigidez no pescoço, dores musculares e nas articulações, além de coriza, sangramento nasal, tosse, vômito e diarreia.
A OMS diz ainda que a maioria dos infectados morre após 48 horas do início dos sintomas. Condições precárias de atendimento médico na região podem ter elevado o número de mortes.
Início do surto
O surto teve início em Boloko, cidade localizada às margens do Rio Congo. “Supostamente, três crianças morreram entre os dias 10 e 13 de janeiro após ingerirem um morcego encontrado morto”, relatou o pesquisador canadense, Owen Dyer.
Nas semanas seguintes, mais quatro pessoas, com idades entre 5 e 18 anos, morreram apresentando sintomas semelhantes. Posteriormente, a doença se espalhou para Danda, onde foram registrados dois casos e uma morte, e para Bomate, que contabilizou 419 casos e 45 mortes suspeitas.
Os registros mais recentes ocorreram na cidade de Basankusu, onde 141 pessoas receberam atendimento apenas na última sexta-feira (21), porém, sem mortes confirmadas até o momento. Em Bolamba, 12 casos foram notificados, incluindo oito mortes.
Quais testes são realizados?
A OMS encaminhou amostras para análise, descartando doenças como Ebola e Marburg. Há suspeitas de uma possível relação da doença com a malária ou meningite.
Metade dos pacientes diagnosticados com a enfermidade desconhecida também testou positivo para malária. “Amostras de alimentos, água e elementos ambientais serão analisadas para verificar uma possível contaminação. Testes laboratoriais adicionais são essenciais para identificar o patógeno responsável”, afirmou a OMS em relatório.
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