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Aumento de casos

Santa Catarina registra mais de 32 mil focos do mosquito Aedes aegypti

Boletim epidemiológico mostra aumento de 762% nos casos prováveis de chikungunya

• Atualizado

Tamiris Flores

Por Tamiris Flores

Santa Catarina registra mais de 32 mil focos do mosquito Aedes aegypti | Imagem: reprodução
Santa Catarina registra mais de 32 mil focos do mosquito Aedes aegypti | Imagem: reprodução

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Santa Catarina confirmou, nesta sexta-feira (30), cinco mortes por dengue e quatro por chikungunya em 2025. De acordo com os dados do novo Informe Epidemiológico, elaborado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), além dos óbitos confirmados, outros oito estão sob investigação – sete por dengue e um por chikungunya. O avanço dessas doenças está diretamente ligado à proliferação do mosquito Aedes aegypti.

O quinto óbito por dengue foi registrado em Itapema, no dia 8 de abril, e vitimou uma mulher de 61 anos. Entre os casos de chikungunya, o primeiro foi registrado em Florianópolis, no dia 1º de janeiro, em um homem de 83 anos. Os outros três ocorreram em Xanxerê: uma mulher de 85 anos morreu em 17 de março; outra, de 80 anos, em 3 de abril; e uma terceira, de 76 anos, em 4 de abril.

O avanço das doenças é motivo de preocupação. Santa Catarina já soma 54.370 notificações de dengue em 2025, das quais 16.543 são consideradas casos prováveis. Em relação à chikungunya, foram 1.427 notificações, com 707 casos prováveis e 510 confirmados. O número representa um aumento de 762,2% em relação ao mesmo período de 2024, quando haviam sido registrados 82 casos prováveis da doença.

O mosquito Aedes aegypti, transmissor das duas doenças, foi encontrado em 32.833 focos espalhados por 250 municípios catarinenses. Dos 295 municípios do estado, 178 são considerados infestados.

O informe também aponta a circulação de três sorotipos do vírus da dengue em Santa Catarina: DENV1, DENV2 e DENV3, com predominância do DENV2. Pela primeira vez, foi confirmada a transmissão autóctone (local) do sorotipo DENV3 em cidades como Barra Velha, Blumenau, Brusque, Concórdia, Capinzal, Itá, Itajaí, Itapoá, ville, Navegantes, Palmitos, Penha e Romelândia.

Desde 2024, o estado adotou uma nova metodologia para classificar casos prováveis. A definição ou a incluir todos os casos notificados – confirmados, suspeitos e inconclusivos – exceto os descartados, permitindo uma análise mais fiel do cenário epidemiológico.

Diante do aumento de casos, a Secretaria de Estado da Saúde reforça o alerta para a importância da prevenção. A orientação é eliminar locais com água parada, utilizar repelente e procurar atendimento médico ao apresentar sintomas como febre, dor no corpo, dor de cabeça, manchas na pele e cansaço.

O Informe Epidemiológico é publicado quinzenalmente e apresenta um panorama completo das arboviroses monitoradas em Santa Catarina, como dengue, chikungunya e zika.

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