Um em cada seis adultos no mundo é afetado por questões de infertilidade, diz OMS
A prevalência é de 17,8% em países desenvolvidos e 16,5% em países em desenvolvimento
• Atualizado

Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostrou que um em cada seis adultos no mundo é afetado por questões de infertilidade ao longo da vida, sendo a prevalência de 17,8% em países ricos e 16,5% em países em desenvolvimento.
A infertilidade se trata de uma condição do aparelho reprodutor, feminino ou masculino, que falha em atingir a gravidez após um ano ou mais de relação sexual regular sem o uso de métodos contraceptivos. Quem nos explica sobre o tema é a médica radiologista da Clínica Imagem, Aline Bianchini.
De acordo com a médica, os principais fatores femininos que costumam levar à infertilidade incluem baixa reserva ovariana, anovulação, endometriose ou alterações anatômicas dos órgãos pélvicos. Em relação aos homens, fatores hormonais, genéticos e infecciosos são algumas das causas da infertilidade masculina.
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“Em casos de mulheres com menos de 35 anos, a infertilidade deve ser investigada após um ano de falha na tentativa do casal de engravidar. Já mulheres acima dos 35 anos, pode ser investigada a partir de seis meses”, afirma a médica.
De acordo com a radiologista, existem alguns fatores importantes sobre a epidemiologia da infertilidade, como o Declínio da fertilidade feminina, que se inicia entre os 25 e 30 anos, sendo maior após os 35 anos; O fator masculino corresponde a cerca de 20 a 30% dos casos de infertilidade conjugal.
Diagnóstico precoce
Para Aline, o principal meio de prevenir os casos de infertilidade do casal é o acompanhamento com um médico, que poderá indicar os exames e tratamento adequados para cada caso. Existem diversos exames de imagem que podem ser realizados para avaliação de anormalidades no aparelho reprodutor feminino e auxiliar no diagnóstico precoce, como:
Ultrassonografia transvaginal para contagem de folículos antrais: Estima a reserva ovariana da mulher, e também é capaz de auxiliar no diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos (SOP). Além disso, contribui para avaliar alterações uterinas, como pólipos, adenomiose, miomas e malformações no aparelho reprodutor;
Mapeamento de endometriose com preparo intestinal: Rastreia a endometriose, que é uma doença crônica e progressiva, sendo considerada uma das principais causas de infertilidade; Ressonância Magnética da pelve: Utilizado como adjunto no diagnóstico de endometriose, além de possuir grande precisão na avaliação das alterações na anatomia da pelve, como malformações mullerianas, bem como lesões ovarianas e uterinas; Histerossalpingografia: Avalia a permeabilidade das tubas uterinas, identificando possíveis obstruções tubárias, hidrossalpinge, salpingites e outras alterações. Com este exame, também é possível identificar alterações na anatomia uterina, sinéquias e pólipos.
“Os exames de imagem são de extrema importância para a investigação das causas de infertilidade, e contribuem para que sejam indicados e monitorados os melhores tratamentos, conforme cada caso, após o diagnóstico. Além disso, auxiliam na melhor estratégia para a tentativa de reversão de cada patologia, a fim de alcançar os melhores resultados frente a esse cenário da infertilidade”, conclui.
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