Criança de 1 ano morre em hospital em SC e polícia é acionada; entenda
Mãe e padrasto são suspeitos de agressão; Polícia Civil e Científica investigam o caso
• Atualizado

Uma criança de 1 ano de idade morreu na noite deste domingo (16) no Hospital Oase, em Timbó, no Vale do Itajaí, com suspeita de maus-tratos. A equipe médica do hospital acionou a Polícia Militar após suspeitar das lesões apresentadas pela criança. Segundo relatos, a criança deu entrada no hospital na última terça-feira (11) com convulsões e lesões antigas na cabeça. Exames também indicaram a presença de medicamentos no organismo da criança que poderiam ter causado as convulsões.
A mãe da criança relatou que a criança havia apresentado vômito, diarreia e febre na noite anterior e que teria procurado atendimento médico, onde foi medicada para febre. A criança foi então transferida para o Hospital Oase, onde recebeu soro e medicação, sendo liberada pela manhã.
Ainda segundo a mãe, ao chegar em casa, a criança voltou a convulsionar e foi levada de táxi novamente ao hospital. Durante o atendimento, a equipe médica identificou lesões e o quadro clínico da criança se agravou, evoluindo para a morte.
A psicóloga do hospital relatou à polícia que a mãe demonstrou aparente falta de preocupação com o estado de saúde do filho e que se opôs à realização de autópsia no corpo da criança.
Diante dos fatos, a Polícia Militar acionou a Polícia Civil e a Polícia Científica, que encaminhou o corpo da criança ao IML para os procedimentos legais. A Polícia Civil irá investigar o caso para apurar as circunstâncias da morte e a responsabilidade da mãe e do padrasto.
A Polícia Militar informou que mãe não está presa e o caso da criança que morreu no hospital segue para investigações.
Relembre a morte de outra criança na mesma cidade: caso Luna

O padrasto que espancou a enteada, de 11 anos, até a morte foi condenado a 56 anos, 10 meses e 23 dias de reclusão, inicialmente em regime fechado, em Timbó. A sessão do Tribunal do Júri aconteceu em novembro de 2023.
O padrasto e a mãe da criança foram julgados pelos crimes de homicídio qualificado – por motivo torpe, motivo fútil, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Além de tortura, cárcere privado, estupro de vulnerável e fraude processual.
De acordo com o Poder Judiciário de Santa Catarina, o Conselho de Sentença reconheceu todos os crimes imputados ao homem, mas absolveu a mulher do homicídio qualificado, da tortura e do cárcere privado. Ela foi condenada a 14 anos de reclusão, inicialmente no regime fechado, e seis meses de detenção, em regime aberto, além do pagamento de 20 dias-multa, pela prática de estupro de vulnerável e fraude processual.
>> Para mais notícias, siga o SCC10 no Twitter, Instagram e Facebook.
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO