VÍDEO: homem é indiciado por maus-tratos após abandono de cães em SC
Os animais foram recolhidos pelo Centro de Bem Estar Animal de ville
• Atualizado

Um homem de 36 anos foi localizado e indiciado, na segunda-feira (26), pelo abandono de uma cachorra e seus filhotes em um terreno baldio, no bairro Iririú, em ville. Imagens da câmera de segurança flagraram o momento do abandono dos cães.
Homem é indiciado por maus-tratos após abandono de cães em SC
— Portal SCC10 (@portal_scc10) May 28, 2025
Vídeo: PCSC/Divulgação pic.twitter.com/vsV5AEa8sB
O crime ocorreu no dia 28 de janeiro, na rua Servidão Marcelino Kricheldorf. Os animais foram recolhidos pelo Centro de Bem Estar Animal de ville (CBEA).
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Dois filhotes morreram e a cachorra se encontra em lar temporário. O suspeito foi localizado na rua Helena Casagrande e foi indiciado pelo crime de maus-tratos, com penas que variam de 2 a 5 anos de prisão, podendo ser aumentada em caso de morte do animal.
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Cachorrinha morre em pet shop em SC; Polícia conclui investigação

Uma cachorrinha morreu após ser deixada para um simples banho em um pet shop, em Florianópolis. Quando o tutor foi buscar a cachorra, foi dada a notícia de que a mesma estava morta e que a morte ocorreu dentro do local.
Quinta-feira, 8 de maio, às 15h, Eduardo Carvalho Motta, pai de Nãna, levava a cachorrinha à Clínica Veterinária Lovely Dog, localizado no bairro Estreito. Não sabia ele, que seria a última vez que iria ver a Nãna com vida.
De acordo com o relato de Eduardo Carvalho Motta, ele retornou ao local às 18h30 para buscá-la, e ficou 20 minutos sem respostas. A moça entrou para buscá-la, como normalmente faria, demorou um tempo e não voltava. A clínica tem dois andares, um dos funcionários desce, com um semblante sério, entra nesse local e não retorna. a mais um tempo, desce um terceiro funcionário. Foi quando o tutor percebeu que tinha algo errado.
Eduardo entra na sala onde todos os funcionários entraram e se depara com a triste cena. “Os três parados, estáticos, olhando para um paninho preto no chão. Esse paninho preto, eu me aproximo, olho para cima, vejo uma corda em formato de âncora, assim, mais acima, de forca, né, para enforcar mesmo. E aí, uma bancada alta, bagunçada, e essa corda presa na bancada. Então eu pego e levanto esse paninho preto. E ali, estava ali, aquela verdade, aquele momento que você percebe que é aquela verdade que não tem mais volta, né. A Nãna morta, com a língua roxa para fora, os olhinhos do Shih Tzu já é um pouco para fora, mas extremamente saltados. Começava ali mais um momento de perda e tristeza para a família”, relatou.
A Polícia Militar (PM) foi acionada, um boletim de ocorrência foi feito, e a Polícia Civil já instaurou um inquérito para dar início à investigação. Eduardo fez fotos do local no momento que encontrou a Nãna já sem vida.
De acordo com o Eduardo, as imagens das câmeras de segurança mostram todos os momentos até a morte da cachorrinha. Elas já estão em poder das autoridades. O corpo do animal foi levado para a necrópsia e o laudo oficial sai em 20 dias.
O SCC SBT entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina Veterinária, órgão responsável pela fiscalização desses locais. Por nota, disse que aguarda receber a denúncia sobre esse caso, para apurar os fatos.
O tutor já realizou a denúncia oficial na última sexta-feira. Ainda não há atualizações.
Cachorrinha era e emocional da família
Há 13 anos, Nãna era filha, irmã, amiga e companheira da família. Quando a filha de Eduardo tinha apenas 3 anos, a Nãna chegou na família com 3 meses também. Então, ela os acompanhava todo esse tempo, participando de todos os momentos.
Inclusive, um momento quando a filha de Eduardo, com apenas 9 anos, perdeu a mãe para um câncer. Então, a Nãna ou, ainda mais, ter seu papel, sua importância, seu aconchego para a filha.

O que diz a clínica veterinária Lovely Dog
A Clínica Veterinária Lovely Dog manifesta seu mais profundo pesar pelo falecimento da cachorrinha Nãna, um evento jamais ocorrido em nossas dependências.
Desde o primeiro momento, além do respeito ao luto da família, estamos tomando providências para apurar com transparência e responsabilidade todas as circunstâncias do caso.
Reforçamos que estamos colaborando com as autoridades competentes, abrimos uma investigação interna e nos colocamos à disposição dos tutores para dialogar, prestar esclarecimentos e tentarmos ajudá-los respeitosamente.
A Clínica exerce as suas atividades há anos em dedicação ao bem-estar animal, teve ampla participação na campanha de vacinação estadual nos anos 70, presta apoio a organizações de apoio à causa animal e jamais toleramos qualquer forma de negligência ou maus-tratos. A dor dos tutores é legítima e também é sentida por toda nossa equipe.
Colocamo-nos à disposição das autoridades e dos tutores para apoio e maiores esclarecimentos.
Polícia conclui investigação sobre morte de cachorrinha em pet shop
A Polícia Civil do Estado de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Proteção Animal do Departamento de Investigação Criminal da Capital (DPA/DIC), concluiu investigação e indiciou dois colaboradores pelo crime de maus-tratos qualificado e majorado pela morte de uma cachorra da raça shih tzu, mediante queda com enforcamento, em pet shop localizada no bairro Estreito.
Após procedimento de banho e tosa, Nãna foi mantida em uma bancada alta, amarrada com uma corda pelo pescoço, sendo que, enquanto aguardava o tutor buscá-la, foi deixada sozinha no local pelos colaboradores da pet shop, de forma que se agitou e caiu, vindo a óbito por enforcamento.
Durante a investigação, apurou-se que o procedimento padrão da pet shop determina que, após a secagem, os cães sejam devolvidos aos canis para que o banhista possa dar continuidade ao trabalho com outro animal.
Segundo os investigados, no caso da cadela Nãna, esse protocolo não foi seguido, sob o argumento de que era praxe manter Nana na bancada, por ser muito ansiosa e por se machucar ao ser colocada no canil, além de urinar e defecar no ambiente, sujando-se novamente.
Ocorre que o suposto comportamento agitado da canídea, o qual o tutor refuta, não justifica a não observância de protocolo que resguarde a integridade física e psicológica, isto é, o bem-estar do animal em atendimento. No caso de Nãna, além de ser deixada em local de risco que culminou com sua morte, verificou-se que a cachorrinha ali permaneceu amarrada por quase 03 horas, sem o à água e sem ambiente para suas necessidades fisiológicas.
Além da responsabilização na esfera cível, no âmbito criminal, quem, com seu comportamento anterior, coloca um animal em situação de risco, qual seja, dor física e até mesmo morte, responde pelo resultado a que deu causa. Dessa forma, por ter sido a pessoa que gerou o risco a causadora do resultado, essa ação ou omissão torna-se penalmente relevante e há a responsabilização pelo resultado maus-tratos, nos moldes do artigo 13, §2º, alínea “c”, do Código Penal.
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