Pagou, ou: PMs são suspeitos de facilitar contrabando na fronteira BR/ARG
Segundo investigações, os agentes desviavam parte da carga para uso pessoal ou venda ilegal
• Atualizado

Dois policiais militares (PMs) estão sendo investigados por suspeita de envolvimento em um esquema criminoso que facilitava o contrabando na região de fronteira entre o Brasil e a Argentina. A operação foi realizada nos municípios de Barracão e Pranchita, no Paraná, e Dionísio Cerqueira, no extremo-oeste catarinense, na manhã desta quinta-feira (15).
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Esquema de propina
A investigação apura a prática de crimes como associação criminosa, corrupção iva, peculato e prevaricação. Conforme apurado, os policiais, que atuavam no Pelotão de Barracão, teriam se unido a empresários e civis para montar um esquema de cobrança de propina de pessoas envolvidas com o contrabando e descaminho de produtos vindos da Argentina. Aqueles que pagavam os valores exigidos eram poupados de abordagens e recebiam informações sobre eventuais fiscalizações em andamento.
As investigações começaram em 2024 e revelaram ainda que, em alguns casos em que houve apreensão de mercadorias, parte da carga era desviada pelos próprios agentes para uso pessoal ou venda ilegal.
A operação cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, oito de busca pessoal e dois de prisão temporária. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da Auditoria da Justiça Militar. Durante as diligências, foram apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos, que agora serão periciados para aprofundar as investigações.
A ação foi realizada pelo GAECO do Paraná, com apoio do GAECO de Santa Catarina e da Polícia Militar (PM).
GAECO
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) catarinense, que apoiou a operação, é uma força-tarefa do Ministério Público de Santa Catarina composta por diferentes órgãos de segurança e tem como missão combater organizações criminosas com atuação em diversas frentes no estado.
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