Polícia Civil apreende R$ 24 milhões em bens de família por suspeita de lavagem de dinheiro no Meio-Oeste

A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), por meio da Delegacia de Investigações Criminais (DIC) de Campos Novos, deflagrou na manhã desta sexta-feira (23), uma operação de repressão voltada ao combate à lavagem de dinheiro e à atuação de organização criminosa estruturada na região Meio-Oeste Catarinense.

A ação decorre de Inquérito Policial que apura os crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, tendo como infração penal antecedente a contravenção de exploração de jogos de azar, especialmente o chamado “jogo do bicho”.

As buscas estão sendo realizadas de forma simultânea nas cidades de Campos Novos/SC e Goiânia/GO, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pelo Poder Judiciário, por meio da Vara de Garantias de Caçador/SC, após manifestação favorável do Ministério Público. Participam da operação 30 Policiais Civis de Santa Catarina e de Goiás (26ª DRP, 24ª DRP, 25ª DRP, DEIC/SC e DEIC/GO).

A investigação

A investigação da Polícia Civil apurou que o grupo criminoso, composto por cinco integrantes de uma mesma família, promoveu movimentações financeiras expressivamente incompatíveis com a capacidade econômica formalmente declarada. As análises realizadas indicam um fluxo financeiro suspeito que ultraa R$ 24 milhões no período compreendido entre os anos de 2015 e 2023, caracterizando indícios robustos de ocultação e dissimulação de ativos.

Foram determinadas judicialmente o bloqueio de R$ 8.340.000,00 (oito milhões e trezentos e quarenta mil reais) em contas bancárias, o seqüestro de 10 veículos automotores e de 11 imóveis (casas, apartamentos e terrenos), registrados em nome dos investigados.

A medida visa garantir a efetividade da persecução penal e a recuperação de ativos obtidos ilicitamente com a exploração do “jogo do bicho”, além de reafirmar o compromisso institucional da Polícia Civil no enfrentamento qualificado à criminalidade econômica e organizada.

As investigações seguem em sigilo para assegurar a preservação da continuidade da investigação. Novas informações poderão ser prestadas oportunamente.

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